Guerra espiritual

"E também todos os que piamente querem viver em Cristo Jesus padecerão perseguições". (II Timóteo 3 : 12).

É inevitável que os cristãos que desejarem manter uma vida íntegra, reta diante de Deus, sofrerão perseguições.
Satanás não está interessado naqueles cristãos mornos ou até gelados, que acreditam que um pouquinho de engano, de mentira com Jesus, é aceitável. O inimigo reconhece os verdadeiros cristãos e tentará pará-los de prosseguir de alguma forma, uma dessas formas é através de perseguições.

Uma história bem conhecida que trata de perseguição na Bíblia corresponde à do apóstolo Paulo. Ele perseguia cristãos e no caminho para Damasco foi surpreendido pela magnitude de Jesus. Magnitude que faz até mesmo os mais perversos pecadores caírem diante de Seus pés, com Paulo não foi diferente:

"E, caindo em terra, ouviu uma voz que lhe dizia: Saulo, Saulo, por que me persegues? E ele disse: Quem és, Senhor? E disse o Senhor: Eu sou Jesus, a quem tu persegues. Duro é para ti recalcitrar contra os aguilhões". (Atos 9 : 5)

Que consolo maior poderíamos ter em saber que quando nos perseguem, perseguem, na verdade, Cristo?

Se entregamos nossa vida à Jesus, nossa vida já não nos pertence mais e não há motivo para nos preocuparmos. Temos o Espírito Santo, temos Deus em nosso favor. Por que temer?

É bem certo que a maioria de nós jamais sofrerá perseguições como os discípulos do passado e do presente, ou como o próprio Cristo; mas em cada uma dessas batalhas que travamos com nosso inimigo espiritual subimos um degrau, que nos torna mais dependente de Deus e mais semelhante a Cristo.

Quando passamos por essas tribulações, devemos ter uma atitude conforme Mateus 5:44 nos ensina:

"Eu, porém, vos digo: Amai a vossos inimigos, bendizei os que vos maldizem, fazei bem aos que vos odeiam, e orai pelos que vos maltratam e vos perseguem; para que sejais filhos do vosso Pai que está nos céus".

Devemos perdoar, perdoar e perdoar. Essa deverá ser nossa atitude! Tarefa essa que não é nada fácil, mas é a ordem que recebemos.

Sentir raiva daqueles que nos machucaram também é inevitável, já que somos seres humanos e não super-crentes como muitos imaginam. Mesmo assim, perdoar torna-se necessário. Não deixando, assim, que o sol se ponha sobre nossa ira (Ef 4:26), ou seja,não guardando durante muito tempo um sentimento que nos faria mal tanto espiritualmente, impedindo de manter comunhão com Deus, quanto fisicamente, podendo refletir de alguma forma em nossa saúde.
Por fim, gostaria de deixar um trecho que vem a reforçar essa idéia de “batalha invisível”; um trecho que mostra bem que por trás de toda perseguição, deboche, escárnio, enfim, tudo o que vem para entristecer o filho de Deus tem origem no inferno:

“Porque não temos que lutar contra a carne e o sangue, mas, sim, contra os principados, contra as potestades, contra os príncipes das trevas deste século, contra as hostes espirituais da maldade, nos lugares celestiais”. (Efésios 6 : 12).

Minha mensagem a todos aqueles que têm passado por situações humilhantes ou difíceis é que eles batalhem em oração, jejuns, pois Deus não se esquece de nós. Quando um justo clama, Deus ouve e o livra todas as suas angústias. Ainda que o desânimo apareça, não desistir deve ser o alvo, não permitindo que o inimigo venha a triunfar.

Devemos ter por certo também que tudo o que vemos e enfrentamos hoje passará, mas os que forem fiéis jamais serão esquecidos:

“Bem-aventurados sois vós, quando vos injuriarem e perseguirem e, mentindo, disserem todo o mal contra vós por minha causa. Exultai e alegrai-vos, porque é grande o vosso galardão nos céus; porque assim perseguiram os profetas que foram antes de vós” (Mateus 5:11-12).